16 de maio de 2005

Para Pensar...

"Um dia sonhei que era teu amigo, mas tu eras apenas voluntária.
Gostavas de mim como gostavas dos outros e isso estava a tornar-se insuportável. Nunca compreendi como é que se pode gostar tanto de alguém e de ninguém ao mesmo tempo.
Admiro-te. Se fosse como tu, livre e saudável, se calhar nunca seria voluntário. É que eu vivo assim porque não tenho alternativa, mas tu podes escolher entre nós e os teus amigos; entre o hospital e a praia; entre as noites divertidas e as vigílias inquietas só porque nós não temos mais ninguém nem na noite de Natal.
Um dia gostava que me explicasses como é que consegues ser assim; como é que nos consegues quase fazer acreditar que somos importantes para ti."

(Esta mensagem poderia ter sido escrita por uma pessoa jovem assistida numa instituição...)

Dr. Margarida Cordo (Psicóloga)