10 de outubro de 2004

Um desconhecido no meu sonho...

Não sei quem és nem como conseguiste entrar no meu sonho. Não te dei licença mas, afinal, os sonhos são mesmo assim. Sem lógica, involuntários e sem consequências (?).Não consigo descrever-te, o teu rosto está sempre desfocado e tenho a impressão que caminhas à beira de um qualquer rio... ou lago? Apareces vindo da bruma, imagem esfumada pairando à minha volta, num estranho delírio em que voamos sobre campos, rios, mares em nada semelhantes ao mundo real. Oiço a tua voz murmurar palavras suaves que atravessam o silêncio. Quando te vais, as palavras ficam comigo. E ontem, na tua visita sonhada, deixaste comigo um pequeno nada que talvez tenhas esquecido. Ou talvez tenhas querido deixar-me aquele pequeno presente: um grama de ilusão.